Sobre a visão espiritual
- Renata Santos
- 27 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de ago. de 2020

Em meu próprio processo de vivência e compreensão da espiritualidade e do meu ser multidimensional, uma das facetas que frequentemente me é reapresentada para que eu perceba mais aspectos dela é a capacidade da visão.
O que é a visão?
A visão é algo muito mais amplo do que a fisicalidade do que nossos olhos enxergam e mesmo maior que a visão espiritual que a conexão através da glândula pineal proporciona, se pensarmos apenas no sentido dos olhos da espiritualidade.
Isso porque o processo de visão espiritual agrega nossos outros sentidos, sejam os já conhecidos cinco sentidos, que incluem os olhos mas não se limitam a ele, seja o aguçamento do que chamamos sexto sentido, a conversa intuitiva, e do que venho compreendendo como um sétimo sentido, que atua na união de todos os outros e na leitura expansiva do campo energético, vibracional e informacional à nossa volta. Esse, para mim, é o caminho do aprendizado da visão espiritual de maneira mais ampla.
Esse caminho tem me levado a muitas descobertas internas. Uma das ferramentas que mais me trouxe descobertas neste sentido foi a atuação multidimensional, em especial na parceria com os arcturianos.
Percebi que as ativações e percepções construídas a partir do que eu recebia na geometria sagrada de seus símbolos com vida própria me faziam mergulhar no sentido da multidimensionalidade e experienciar viver o agora com a potência dos tempos passados junto. Ainda não tenho clareza se experiencio isso como relação aos tempos futuros e isso é um interessante insight a pesquisar internamente. Mas os tempos passados são me apresentados às vezes como filmes simultâneos, onde várias situações da vida do ser à minha frente me são mostradas e apresentadas junto.
O processo
Confesso que esse processo não foi fácil e teve um lado bastante desconcertante. Se por um lado a ativação pela Cura Arcturiana me trazia isso aos poucos, em um contexto principalmente, em que eu estava exercitando o atendimento a clientes – e por isso era clara a necessidade de me colocar terapeuticamente no apoio às informações, auxiliando a mim mesma para lidar com meu processo de aprendizagem sobre aquele ser – essas ativações por outras técnicas, particularmente no contexto do uso da Sananga dentro da ritualística das Sagradas Medicinas Indígenas por vezes se tornavam assustadoras.
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Longe do confortável lugar de terapeuta de alguém, ao olhar para mim e para meus companheiros com os olhos da multidimensionalidade, vivenciar suas sensações e experimentações me fizeram, mais de uma vez, pedir que fosse parado o processo, que não o queria ver. Então percebi que por todo o tempo era o meu próprio desejo que limitava o meu acesso à visão espiritual expandida.
Ver com essa dimensão, sem o verniz delicado de conhecer uma etapa por vez, de estar ali para servir como terapeuta na missão de autoconhecimento e cura, e também com minhas próprias crenças e percepções a respeito do que é necessário ou bom que seja visto para realmente conhecer quem está à sua volta – e com isso focar mais na sombra do que na luz – foi algo de que por algum tempo eu acabei fugindo. Tenho minhas dúvidas se uma parte de mim ainda correrá assustada com esses eventos novamente.
Hoje a clareza fundamental é de que não há desenvolvimento de visão espiritual sem uma real disponibilidade em olhar para si e para os outros com a inteireza de quem são. Com suas sombras, mas também com sua luz, Acolhendo, integrando, amando e honrando cada milímetro do que se é, do que se percebe em quem está ao redor. Enquanto essa disponibilidade interna ainda está em construção, a visão espiritual também se constrói, aos poucos, respeitando o passo de quem a busca.
Se você deseja realmente ir fundo em conhecer a si, aos outros e a todos os infinitos potenciais como criadores que somos, é preciso abraçar sua inteireza e a do mundo, com toda sua sombra e com toda sua luz. E realmente enfrentar os desafios, a cada momento, de poder reverberar este contato, dia após dia, com alegria, amor e honradez ao processo.
Renata Santos
Terapeuta Holística e Guardiã do Odara Terra de Cura
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